Os pellets farmacêuticos já são grandes conhecidos do mercado e não é de hoje que esse processo desperta o interesse da indústria devido a suas vantagens tecnológicas e terapêuticas. A peletização, como é denominada a produção dos pellets farmacêuticos é bastante eficaz para a indústria de fármacos ao se considerar fatores como:
- Menor irritabilidade gastrointestinal devido a sua grande dispersão no trato;
- Baixa incidência de efeitos colaterais adversos devido a superdosagem;
- Maior controle na liberação de substâncias ativas, possibilitando uma melhor aderência ao tratamento.
Mas, ainda que os pellets farmacêuticos sejam grandes aliados da indústria e gerem resultados benéficos para a saúde dos pacientes, é preciso avaliar as etapas que antecedem o produto final, pois serão estas que irão permitir alcançar um processo eficiente e de qualidade.
Dentro de um cenário amplo, a indústria farmacêutica é um dos poucos setores que se encontra na contramão do cenário econômico atual, apresentando um crescimento gradativo no mercado brasileiro. Contudo, ainda que esta perspectiva de mercado pareça favorável, essa indústria vem enfrentando um declínio na sua produtividade. E a raiz desse problema está nos processos ineficientes e falhos das etapas de produção.
A produção em batelada é atualmente o grande cerne do problema. Na indústria farmacêutica esse fator se torna ainda mais complicado, uma vez que é necessário um processo de amostragem pós-produção, sendo que a avaliação de qualidade do produto se torna ainda mais demorado dentro de toda a produção, levando a prazos extensos e desperdício de tempo, produto e dinheiro.
O que fazer para produzir pellets farmacêuticos com mais eficiência e qualidade
Hoje os sistemas contínuos de produção são os grandes aliados das indústrias farmacêuticas. Um sistema contínuo garante eficiência e modernidade dentro do setor,melhorando significativamente a produtividade e entregando maior qualidade com menores custos e tempo, uma vez que minimiza erros dentro do processo de produção.
Em uma conferência na Universidade do MIT, Josef Jimenez, CEO da Novartis, afirmou que:
“Mudar a produção de lote para contínuo transformará a maneira como os medicamentos são fabricados em todo o mundo e poderia reduzir pela metade o tempo de desenvolvimento para entrada no mercado”. – Automation &Digitisat.
Ao adotar novos processos de fabricação como o processamento contínuo em que não há a necessidade de interrupção, as indústrias precisam olhar para o futuro e identificar quais fatores e métodos serão essenciais e precisarão ser aplicados para levar a processos repetitivos que resultarão em produtos superiores e de qualidade.
Pellets farmacêuticos: uma etapa importante na produtividade e qualidade farmacêutica
Ainda que a produção através de sistemas contínuos seja o caminho para o futuro produtivo da indústria farmacêutica, há dentro do processo alguns fatores mais complexos e que demandam de solução para atuar de forma eficiente. É o caso da fabricação de pellets.
O revestimento de pellets é uma das etapas mais críticas da produção farmacêutica, pois está diretamente relacionada a dosagem de princípio ativo do medicamento. Maior homogeneidade do revestimento resulta em qualidade do produto e redução de matéria-prima.
A peletização geralmente sofre com problemas de confiabilidade devido à complexidade da linha de produção. Este fato leva a um impacto econômico significativo, frente ao cenário mais competitivo da indústria.
Solução: digitalizar o processo de revestimento de pellets farmacêuticos
A solução para isso está na Digitalização dos Processos Farmacêuticos.A digitalização de processos de revestimento de pellets farmacêuticos é um passo importante para a Indústria Farmacêutica 4.0.
Na JLES a digitalização dos processos farmacêuticos acontece através das soluções SIEMENS que se apresentam como uma das melhores soluções na busca constante por otimização dos processos dentro das indústrias farmacêuticas.
Através de simulações em 3D dos processos de revestimento destes pellets farmacêuticos, é possível antecipar falhas no processo e propor estratégias de otimização evitando erros que resultam em queda de produtividade.
Com a digitalização dos processos farmacêuticos responsáveis pela fabricação dos pellets, é possível testar dezenas de configurações geométricas e operacionais dos equipamentos, como por exemplo os tambores de revestimento contínuo. É uma vantagem significativa já que permite a validação do projeto em um cenário otimizado, sem a necessidade de testes em campo que demandariam tempo, investimento financeiro e ainda seria incerto.
Na digitalização pode-se responder em detalhes: posição das hastes que fornecem melhor distribuição de sólidos, rotação ideal do tambor, número e posição dos sprays de injeção do revestimento, entre outros.
Com a prototipagem virtual disponível pelas ferramentas SIEMENS disponível no mercado pela JLES, é possível chegar ao perfeito controle de qualidade destes pellets farmacêuticos através de avaliação de densidade e revestimento dos pellets.
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